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Endometriose

[Adaptado dos livros do Dr. John Lee -  www.johnleemd.com]

por John R. Lee, MD

Tradução: NovaTRH <www.novatrh.net>
Endometriose é um quadro clínico grave, no qual pequenas “ilhas” do endométrio (células que revestem o interior do útero) são encontradas espalhadas em locais onde não deveriam estar, como nas trompas de Falópio, dentro da musculatura uterina (adenomiose), na superfície externa do útero e em outros órgãos pélvicos, cólon, bexiga e laterais da cavidade pélvica. Em cada ciclo mensal, essas ilhotas respondem aos hormônios ovarianos exatamente como o fazem as células endométricas que estão dentro do útero – elas aumentam de tamanho, dilatam-se com sangue, e sangram para os tecidos adjacentes durante a menstruação. Esse sangramento (por menor que seja) causa inflamação nos tecidos vizinhos e é muito dolorido, podendo sendo muitas vezes ser incapacitante. Os sintomas começam de 7 a 12 dias antes do período menstrual, tornando-se penosamente doloridos durante a menstruação. A dor pode ser difusa e pode causar dores no ato sexual ou na evacuação, dependendo das áreas atingidas. O diagnóstico não é fácil, pois não existe exame de laboratório para identificar ilhotas de células endométricas, nem essas ilhotas são normalmente grandes o suficiente para aparecerem em radiografias ou ecografias. A laparoscopia é muito útil nesse caso.

    A causa da endometriose não está bem definida. Alguns especialistas dizem que essas células endométricas saem pelas trompas de Falópio e se espalham. Outros sugerem que elas são deslocadas por uma espécie de desordem embriológica, quando o embrião está apenas começando a formar seus tecidos. Seja como for, o fato é que a endometriose parece ser uma doença do século vinte. Pela severidade da dor e a sua associação com o ciclo menstrual, parece improvável que os primeiros médicos não tivessem feito uma descrição dessa doença no passado. Agora que já sabemos sobre os xenoestrógenos e o fato de que os tecidos do embrião em desenvolvimento são particularmente sensíveis aos efeitos tóxicos desses imitadores dos estrógenos, somos tentados a pensar que a nossa “era da petroquímica” gerou doenças nunca antes conhecidas – e que a endometriose é uma delas.

    O tratamento da endometriose pela medicina tradicional é complicado e sem muito sucesso. As tentativas cirúrgicas de remover cada implante endométrico existente na cavidade pélvica têm apresentado sucesso apenas temporário. Muitas das pequenas ilhotas são pequenas demais para serem vistas, e elas acabam crescendo e a doença voltando. Existe outra abordagem cirúrgica, ainda mais radical: remoção dos ovários, útero e trompas de Falópio, com a finalidade de eliminar ou reduzir os efeitos dos hormônios o máximo possível – uma perspectiva não muito agradável...

    Quando as mulheres com endometriose adiam a gravidez até a faixa etária dos trinta anos, muitas vezes elas não conseguem engravidar. A gravidez geralmente retarda o progresso da doença e, ocasionalmente, acaba curando esse mal. Com base nesse fato, outros tratamentos médicos tentam criar um estado de pseudogravidez, com longos períodos de suplementação de progestinas sintéticas, visando simular os altos níveis de progesterona típicos da gravidez. Infelizmente, as elevadas doses necessárias são geralmente acompanhadas pelos efeitos colaterais das progestinas e por sangramentos inesperados.

    Como alternativa, eu tenho tratado um grande número de pacientes (algumas depois de malsucedidas cirurgias) com progesterona natural, e tenho observado um sucesso considerável. Como sabemos que o estrogênio dá início à proliferação de células endométricas e à formação do acúmulo de vasos sangüíneos no endométrio, o objetivo do tratamento é bloquear o estímulo mensal que o estrogênio causa nessas ilhotas endométricas anômalas. A progesterona interrompe a proliferação das células endométricas.

    Tenho aconselhado minhas pacientes a usar o creme de progesterona natural, do 5º ao 28º dia do ciclo menstrual (ou de acordo com a duração do ciclo de cada uma), aplicando de 40 a 60 mg (½ a ¾ de uma colher rasa de chá) de creme por dia durante 3 semanas, parando justamente antes do início esperado da menstruação. Em casos graves, tenho recomendado usar o equivalente a uma colher rasa de chá (80 mg) ao dia. Em qualquer dos casos, essas doses devem ser reduzidas gradualmente, à medida que as dores forem diminuindo, até encontrar uma dosagem que lhe mantenha sem dor. Se você se sentir sonolenta durante o dia após começar o tratamento com progesterona, isso significa que a dose diária está muito elevada e deve ser diminuída até que a sonolência desapareça.

    Esse tratamento requer paciência. Com o passar do tempo (de 3 a 4 meses), porém, as dores vão gradualmente diminuindo, à medida que o sangramento mensal das ilhotas torna-se menor e ocorre a cura do local inflamado. O desconforto mensal pode não desaparecer completamente, mas se torna bem mais tolerável. A cura da endometriose acontece na menopausa. Certamente vale a pena tentar o tratamento aqui sugerido, pois as alternativas não são muito auspiciosas e têm conseqüências indesejáveis e efeitos colaterais.

Fonte:

"What Your Doctor May Not Tell You About Menopause", p. 310/312 e 376/377
 Autor: Dr. John R. Lee

"What Your Doctor May Not Tell You About Premenopause", p. 193, 331-332
 Autores: Dr. John Lee e Dra. Jesse Hanley


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